Colesterol: por que me preocupar com ele?
O que é colesterol?
O colesterol é um composto gorduroso encontrado em todas as células do nosso corpo, assim nas células de todos os animais.
Muitas vezes visto como uma coisa ruim, o colesterol é essencial para a produção de hormônios, vitamina D, é um importante componente da membrana das células e participa da formação de substâncias que ajudam na digestão dos alimentos.
Mas mesmo sendo importante para o corpo, se o colesterol estiver em grande quantidade circulando no sangue, pode trazer vários riscos para nossa saúde.
Nosso corpo produz o colesterol de que precisamos, e quando comemos alimentos de origem animal como carnes, ovos e alimentos a base de leite, podemos aumentar nosso colesterol.
A maioria das pessoas tem colesterol alto no sangue devido a alimentação e falta de atividade física, porém algumas pessoas podem produzir colesterol em excesso no fígado.
Por que devemos nos preocupar com o nível de colesterol no sangue?
As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte no Brasil, representando cerca de 30% de todos os óbitos no país. As doenças cardiovasculares são aquelas que tem relação direta com o coração e os vasos sanguíneos (veias e artérias), como exemplo, infarto do coração e acidente vascular cerebral (AVC) também chamado de derrame.
Em 2020, mais de 380 mil mortes foram atribuídas a problemas cardiovasculares.
O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças, pois pode levar ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, diminuindo ou até interrompendo o fluxo sanguíneo no coração ou cérebro.
Por isso, é fundamental monitorar e controlar os níveis de colesterol para prevenir complicações cardiovasculares.
Dra. Carolina Borelli
Tem mais de 13 anos de experiência no tratamento de alterações de colesterol e outras doenças como diabetes e pressão alta que elevam o risco de infarte e acidente vascular cerebral.
Oferece planos de acompanhamento com tratamento completo para que se você usufrua o melhor da vida com o que mais importa: sua saúde!
Quais são os tipos de colesterol?
Você já deve ter ouvido falar em “colesterol bom” e “colesterol ruim”, né? Tanto o “bom” quanto o “ruim” são frações que fazem parte do “colesterol total”. São eles:
- Colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade): Conhecido como colesterol “ruim”, pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas que dificultam a circulação do sangue. Isso pode levar a doenças cardíacas e derrames.
- Colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade): Conhecido como colesterol “bom”, ajuda a remover o colesterol LDL das artérias, transportando-o de volta ao fígado, onde é eliminado.
Para entender se seu colesterol está alto ou não, é preciso interpretar o exame de sangue, analisando não só os colesterol total, mas principalmente suas frações e a relação entre o colesterol bom e o ruim.
Para pessoas que não apresentam risco cardiovascular elevado, considera-se normal um LDL de até 100 mg/dl. Já para as pessoas que apresentam risco cardiovascular elevado, como por exemplo pessoas que apresentam pressão alta ou diabetes, o ideal é que o LDL não ultrapasse 80 mg/dl.
Existem alguns cálculos para dizer se uma pessoa tem um risco cardíaco alto ou baixo. Os principais fatores analisados são: idade, fumante ou não, quantidade de colesterol no sangue (bom e ruim), obesidade, diabetes, pressão alta.
Quais são os alimentos fonte de colesterol?
Ao contrario do que muitas pessoas acreditam, o colesterol do sangue não vem do ato de fritar um alimento.
Como mencionado, o colesterol está presente nos animais, portanto, todos os alimentos de origem animal (carnes, ovos e laticínios), ou preparados com produtos de origem animal, são fontes de colesterol, independentemente da forma como são preparados (seja cozido, frito, ou assado).
Os vegetais são naturalmente livres de colesterol portanto podem ser consumidos a vontade por quem precisa abaixar o colesterol.
Porém, o consumo excessivo de carboidratos refinados (como açúcar, e farinha) pode causar um desequilíbrio entre as gorduras no sangue, com a elevação de triglicérides e diminuição do HDL (“colesterol bom”), assim como o excesso de consumo de gorduras saturadas que também estão presentes nos alimentos de origem animal, óleo de coco, óleo de palma e frituras, também pode aumentar o LDL (“colesterol ruim”)
Exemplo: uma porção de batatas fritas, preparadas em óleo vegetal (óleo de soja, milho, girassol, Canola, etc) contem gorduras saturadas que também devem ser evitadas em excesso, mas é livre de colesterol, pois tanto a batata quanto o óleo são de origem vegetais. Já a mesma porção de batatas, se for frita em banha de porco, se torna fonte de gorduras saturadas e também de colesterol.
E quais são os alimentos que ajudam abaixar o colesterol?
Infelizmente não existe nenhum alimento que isoladamente baixe o LDL significativamente.
Alguns alimentos, quando consumidos regularmente numa dieta equilibrada, podem ajudar a reduzir o LDL e o risco cardiovascular, quando associados a redução ou eliminação dos alimentos de origem animal e atividade física regular
A fibras solúveis como aveia, frutas e legumes ajudam a reduzir a absorção de colesterol pelo intestino
As leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja, grão de bico) também podem ajudar a baixar o LDL
As gorduras vegetais, chamadas de gorduras boas, como as do abacate, nozes, azeite de oliva, assim como o Ômega 3 vegetal presente principalmente nas sementes de chia e linhaça podem ajudar a reequilibrar o perfil de gordura no sangue.
Quais são os sintomas de Colesterol alto?
Uma das características mais preocupantes do colesterol alto é que ele geralmente não causa sintomas evidentes.
Por isso, é muitas vezes chamado de “assassino silencioso”. As pessoas podem ter níveis elevados de colesterol por anos sem perceber, o que aumenta o risco das doenças cardiovasculares, como infartes e derrames, como já mencionado.
Embora o colesterol alto em si não cause sintomas diretos, o acúmulo de placas nas artérias (aterosclerose), pode provocar sinais e sintomas graves à medida que a condição avança. Esses incluem:
Dor no peito (angina): Pode ocorrer se as artérias que irrigam o coração (artérias coronárias) forem afetadas.
Falta de ar ou cansaço extremo: Resulta de uma circulação inadequada do sangue oxigenado.
Dores nas pernas ao caminhar (claudicação): Indica que as artérias das pernas estão obstruídas.
Xantomas e xantelasma: São depósitos de colesterol sob a pele, formando nódulos amarelados, principalmente nas pálpebras e nos tendões.
Infarto do miocárdio ou AVC: Em casos avançados, o colesterol alto pode levar a eventos cardiovasculares graves e muitas vezes fatais.
Devido à falta de sintomas claros e específicos, é fundamental que o colesterol seja monitorado regularmente através de exames de sangue, especialmente em pessoas com fatores de risco como histórico familiar, hipertensão, obesidade ou diabetes.
Como é o tratamento para abaixar o colesterol no sangue?
Muitas pessoas apresentam colesterol aumentado devido ao estilo de vida.
Mudar hábitos alimentares e iniciar prática de atividade física regular são medidas muito eficientes e indispensáveis para controlar não só o colesterol, como outras gorduras no sangue mas também os outros fatores de risco cardíaco como excesso de peso, pressão alta e diabetes.
Porém, algumas pessoas apresentam alterações genéticas que faz com que próprio corpo produza excesso de colesterol e por isso, é necessário uso de medicamentos.
Os medicamentos mais usados são os do grupo das estatinas e inibidores da absorção do colesterol no intestino, que normalmente são comprimidos tomados a noite, pois o fígado processa o colesterol enquanto estamos dormindo.
Ainda sim, pessoas com hipercolesterolemia familiar muitas vezes não alcançam os níveis desejados de colesterol mesmo com mudanças do estilo de vida e medicamentos, e aí entram os inibidores da enzima PCSK9 que são uma classe de medicamentos injetáveis (no formato “caneta”) para ser usado a cada 15 dias ou uma vez por mês.
Algumas pessoas podem ter complicações relacionadas ao uso de medicamentos para diminuir colesterol, portanto o acompanhamento médico e indispensável para identificar essas complicações.
Dra. Carolina Borelli
Tem mais de 13 anos de experiência no tratamento de alterações de colesterol e outras doenças como diabetes e pressão alta que elevam o risco de infarte e acidente vascular cerebral.
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Benefícios da Alimentação Vegana para o Colesterol
- Redução do Colesterol LDL (“ruim”): Alimentos de origem animal, como carne, laticínios e ovos, são ricos em gorduras saturadas e colesterol, que podem aumentar os níveis de colesterol LDL no sangue. Uma alimentação vegana, baseada em frutas, verduras, legumes, grãos e nozes, naturalmente reduz a ingestão de gorduras saturadas e colesterol.
- Aumento do Colesterol HDL (“bom”): Alimentos vegetais especialmente nozes, sementes e azeite de oliva, são ricos em gorduras insaturadas, que podem ajudar a aumentar os níveis de colesterol HDL. Além disso, uma dieta rica em fibras solúveis, encontradas em alimentos como aveia, feijões, maçãs e cenouras, pode ajudar a reduzir o colesterol LDL e aumentar o HDL.
- Melhora da Saúde Cardiovascular: Uma alimentação vegana balanceada é rica em antioxidantes e fitonutrientes, que ajudam a combater a inflamação e proteger a saúde das artérias. Estudos mostram que veganos tendem a ter níveis mais baixos de colesterol total e LDL, além de uma menor incidência de doenças cardíacas.
Agende sua consulta para avaliar seu colesterol e seu risco cardíaco!
Fonte: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28728684/
Dra. Adorei suas explicações, obrigado.
Olá, Cloves!
Que bom que gostou! Estou aqui para ajudar
Muito esclarecedora essa matéria. Passei hj no médico com os exames e vou me disciplinar na alimentação
Olá, Durval!
Obridada pelo contato. Estou aqui para ajudar!
Cuidar da alimentação é uma das melhores coisas que podemos fazer para melhorar todas as áreas da vida. O truque é não encarar as mudanças como um fardo. Encare como oportunidade, que assim fica muito mais fácil. Vai valer a pena!