Dra. Carolina Borelli

DIABETES MELLITUS

Você conhece a diabetes e seus riscos para a saúde?

Diabetes Mellitus é uma doença crônica caracterizada por hiperglicemia, ou seja, níveis elevados de açúcar no sangue. Existem vários tipos de açúcar, mas a glicose é o mais importante para nosso corpo porque ela entra nas nossas células e gera energia.

A glicose é o combustível que nos mantém vivos. Mas ela precisa estar nos níveis adequados, nem abaixo, nem acima.

O diabetes acontece por defeitos na liberação ou na ação da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas que regula o açúcar no sangue.

 A insulina é como se fosse um porteiro que abre a porta para que o açúcar entre nas células.

Na ausência ou falha da insulina (o “porteiro”), o açúcar não consegue entrar nas células e acaba se acumulando no sangue.

Sem o controle adequado, o diabetes pode levar a complicações graves e afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, pois o açúcar alto no sangue constantemente, causa inflamação no corpo.

Tipos de Diabetes

Existem vários tipos de diabetes, mas os mais comuns são:

  • Diabetes Tipo 1: É uma doença autoimune, ou seja, o sistema de defesa do corpo ataca as células que produzem insulina, a chave para a entrada da glicose nas células. 

Esse tipo geralmente se manifesta na infância ou adolescência, embora possa ocorrer em adultos.

  • Diabetes Tipo 2: É a forma mais comum, representando cerca de 90% dos casos. Nesta condição, o corpo não consegue utilizar adequadamente a insulina produzida (resistência à insulina) e/ou não produz insulina suficiente.

É frequentemente associado a outros problemas de saúde como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e predisposição genética.

  • Diabetes Gestacional: Ocorre durante a gravidez e é diagnosticado pela primeira vez nesse período. Geralmente, desaparece após o parto, mas as mulheres que tiveram diabetes gestacional possuem um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

 

  • Outros Tipos Específicos de Diabetes: Incluem mutações genéticas específicas, e diabetes secundário por uso de certos medicamentos.

Sintomas de Diabetes

Nem sempre o diabetes vai causar sintomas, e nem sempre os sintomas aparecem todos de uma vez.

Muitas vezes, quando eles aparecem, a doença já está em andamento e com complicações.

É importante observar os sintomas, mas também passar por avaliação médica regular é fundamental.

  • Sede excessiva

 

  • Urina frequente

 

  • Fome constante

 

  • Perda de peso sem motivo

 

  • Cansaço

 

  • Visão embaçada

 

  • Cicatrização lenta

 

  • Formigamento nos pés

A conscientização do paciente sobre sua condição e o cuidado diário é essencial para evitar complicações e garantir uma vida saudável e ativa.

Com mais de 13 anos de experiência em medicina de família associada a nutrologia,  Dra Carolina vai te orientar e apoiar em cada etapa de seu tratamento de diabetes, promovendo uma abordagem personalizada e humanizada.

Descubra qual é o plano de acompanhamento ideal para que se você usufrua o melhor da vida com o que mais importa: sua saúde! 

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Diagnóstico

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Exames de sangue são necessários para o diagnóstico de Diabetes

O diagnóstico do diabetes pode ser feito através de diferentes exames, como:

  • Glicemia de Jejum: Mede o nível de glicose no sangue após um jejum de 8h a 12 horas. Valores iguais ou superiores a 126 mg/dL em duas ocasiões distintas indicam diabetes.

 

  • Hemoglobina Glicada (A1C): Este exame reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Valores iguais ou superiores a 6,5% indicam diabetes.

 

  • Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG): a glicose no sangue é medida após jejum e duas horas após a ingestão de uma solução de glicose. Valores iguais ou superiores a 200 mg/dL após duas horas indicam diabetes.

 

  • Glicemia Aleatória: Medição da glicose no sangue em qualquer momento do dia, independentemente do horário da última refeição. Valores iguais ou superiores a 200 mg/dL, associados a sintomas de hiperglicemia, confirmam o diagnóstico.

Complicações do Diabetes

O diabetes mal controlado pode levar a diversas complicações, tanto agudas quanto crônicas:

1. Complicações Agudas: se não tratadas rapidamente, podem levar a morte:

Cetoacidose Diabética: Mais comum no diabetes tipo 1, ocorre quando há deficiência severa de insulina, levando ao acúmulo de substâncias tóxicas chamadas de corpos cetônicos no sangue.

Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico: Mais frequente no diabetes tipo 2, caracteriza-se por hiperglicemia extrema sem acidose significativa.

 

2. Complicações Crônicas: açúcar alto no sangue por muito tempo, mesmo que não sejam

Doença Cardiovascular: Pacientes diabéticos têm maior risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e outras doenças cardíacas.

Nefropatia Diabética: A diabetes é uma das principais causas de insuficiência renal crônica que frequentemente leva a hemodiálise.

Retinopatia Diabética: Comprometimento da retina que pode levar à cegueira.

Neuropatia Diabética: Danos aos nervos que podem causar dor, formigamento e perda de sensibilidade, especialmente nos pés.

Pé Diabético: Feridas e infecções nos pés que podem resultar em amputações se não tratadas adequadamente.

Tratamento do Diabetes

 

O tratamento do diabetes é para manter os níveis de glicose no sangue dentro de faixas normais, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

As abordagens incluem:

  1. Mudanças no Estilo de Vida:

    Este é o pilar do tratamento da diabetes. Entender sua importância é a chave para alcançar e manter níveis de açúcar no sangue adequados. Apenas medicamentos não conseguem garantir que as metas de açúcar serão alcançadas.

  • Alimentação Saudável: Dieta balanceada, rica em fibras, vegetais, proteínas de qualidade e com controle de carboidratos.

 

  • Exercício Físico Regular: Atividade física regular é fundamental para controlar o peso e melhora a sensibilidade à insulina.

Exercícios que aumentam a massa muscular, como musculação, são a melhor opção para manter o açúcar no sangue controlado.

 

  • Controle do Peso: Manter um peso saudável é crucial para a prevenção e controle do diabetes tipo 2.
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Exercícios de força são tão importantes quanto uso de medicação no tratamento da diabetes
2. Medicamentos:

Insulina: Repor a insulina que está faltando é necessário para todos os pacientes com diabetes tipo 1 e para alguns com diabetes tipo 2.

Antidiabéticos Orais e Injetáveis: Diversos medicamentos que ajudam a aumentar a produção de insulina, melhorar a ação da insulina ou reduzir a produção de glicose pelo fígado.

Existem dois tipos principais de hipoglicemiantes: os orais e os injetáveis.

Hipoglicemiantes Orais: o mais popular dos comprimidos é do grupo das biguanidas que é a metformina. Cada classe atua de maneira diferente, seja aumentando a sensibilidade à insulina, estimulando a produção de insulina ou diminuindo a absorção de glicose.

Hipoglicemiantes Injetáveis (não insulina): uma nova geração de hipoglicemiantes muito eficiente no tratamento da diabetes são os análogos de GLP-1, ou seja, faz a mesma função que é um hormônio produzido pelo intestino relacionado a saciedade e liberação de insulina pelo pâncreas. Os análogos de GLP-1 ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue e também promovem a perda de peso.

São medicamentos seguros que promovem perda de peso rápida e estão famosos como “a caneta que emagrece” pois o aplicador lembra uma caneta.

A escolha do tratamento adequado deve ser individualizada, levando em consideração o tipo de diabetes, estilo de vida e outras condições de saúde do paciente.

  1. Monitorização:

– Autocontrole da Glicemia: Monitorar regularmente os níveis de glicose no sangue é  fundamental para ajustar o tratamento e prevenir hipoglicemias.

– Exames Periódicos: Acompanhamento regular com exames de sangue avaliação de hemoglobina glicada, função renal, gorduras no sangue, e avaliações dos olhos e dos nervos.

Monitorar o açúcar no sangue é importante atingir as metasde controle

Diabetes Mellitus é uma doença complexa que exige um cuidado integral e contínuo.

A prevenção e o controle eficaz envolvem um esforço conjunto entre o paciente e uma equipe de saúde, com foco em mudanças no estilo de vida, medicação adequada e monitorização constante.

 

A conscientização do paciente sobre sua condição e o cuidado diário é essencial para evitar complicações e garantir uma vida saudável e ativa.

Com mais de 13 anos de experiência em medicina de família associada a nutrologia,  Dra Carolina vai te orientar e apoiar em cada etapa de seu tratamento  de diabetes, promovendo uma abordagem personalizada e humanizada.

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Fonte:

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022-2023. *SBD*. Disponível em: [SBD Diretrizes](https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-SBD-2022-2023.pdf)

Respostas de 3

  1. Boa tarde, tenho uma duvida, todos meus exames ( glicemia em jejum 88, triglicerideos 62, insulina em jejum 5,6) hdl 46, ldl 112) todos aparentemente bons, mas a glicada deu 6,1 ,e agora

    1. Olá, Vagner!
      Obrigada por entrar em contato.
      A hemoglobina (presente nos glóbulos vermelhos do sangue) se liga ao açúcar que está no sangue. Quanto mais açúcar no sangue, mais açúcar a hemoglobina vai se ligar. Como a vida média de um glóbulo vermelho é quatro meses, pelo exame de hemoglobina glicada conseguimos saber se nos últimos quatro meses o açúcar esteve acima da média ou esteve normal.
      É importante que você passe por uma avaliação médica completa para correta interpretação dos resultados dos seus exames e avaliação física. Você pode agendar pelo número (11) 99465-4784 que ficarei feliz em te ajudar.
      Dra. Carolina Borelli

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